15% dos proprietários de AL transitam para mercado de arrendamento

No ano de 2020, houve 597 cancelamentos de atividade, contra 483 aberturas de novas unidades. Pela primeira vez, a capital registou um crescimento negativo no Alojamento Local (AL).

Segundo Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal, “Lisboa teve 78% de quebra nos novos registos, atingindo valores de abertura inferiores a 2014, ano em que entrou em vigor a nova Lei do Alojamento Local. Com a crise pandémica instalada, os proprietários de unidades de Alojamento Local nos grandes centros urbanos começam a abandonar a atividade.

A ALEP (Associação do Alojamento Local em Portugal) admite que entre 10% e 15% dos proprietários de AL tenham migrado para o arrendamento de longa duração em Lisboa e no Porto. Estas principais cidades representam 30% do mercado nacional e sofreram quebras de 80% a 85% na ocupação e de 85% a 90% na faturação com a pandemia.

Já o interior do país soma um crescimento inédito, o crescimento real da oferta foi de 3,7% a nível nacional, passando de 91.600 registos no final de 2019 para cerca de 95 mil no final de 2020. Um crescimento em que o Algarve responde por quase metade das aberturas, mas os distritos com maior dinamismo e crescimento da oferta são os do interior: Bragança cresceu 29,6%, Guarda 22,3% e Portalegre 19,6%.